Em Latam, o nível de disrupção promovido pela inflação está relacionado ao desempenho dos FMCGs. A cesta só apresentou crescimento em valor acima da inflação em países onde a alta de preços em 2022 não ultrapassou 5% acima da média dos últimos 5 anos, com destaque para Brasil e México.
Entre as conclusões do último relatório Consumer Insights Latam, também observamos dois outros comportamentos entre os países da América Latina.Territórios onde historicamente há níveis mais baixos de inflação e apresentaram taxas disruptivas, como é o caso do Equador – 4% em 2022. Para eles, foi necessário reduzir o carrinho de compras pela primeira vez.
E, por fim, um grupo em que a inflação de 2022 superou as médias históricas em 10% ou mais, deixando os consumidores sob forte pressão. A Argentina tem o caso mais extremo, mas a Colômbia e o Chile também atingiram taxas de dois dígitos. Nesses locais, a solução foi continuar reduzindo o volume comprado.
As categorias de consumo são adaptadas em cada país latino-americano
A subida dos preços dos bens de consumo foi mais forte nas cestas de Lácteos e Alimentos, ficando cerca de 20% mais caras vs. em 2021. Ainda assim, Alimentos continuou a ganhar relevância em valor juntamente com Bebidas pela sua natureza essencial. Os Lácteos, que também vinham ganhando espaço, viram uma reversão da tendência: perderam participação em alguns momentos e, consequentemente, no gasto.
No outro extremo, Beleza foi a cesta em que os consumidores mais se adaptaram, conseguindo aumentar o preço pago por produto em apenas 8%, bem abaixo da média dos FMCG. Com isso, a cesta segue recuperando compradores e volta a marcar presença em ocasióes de compra em toda a região, mas a retração ainda não permite que ela recupere relevância em gasto.
Para mostrar a você todos os fatores que impactam os produtos de Saúde & Beleza na América Latina e como se posicionar para aproveitar o novo comportamento do consumidor, preparamos um resumo visual de nossos dados.